Área utilizada para o compartilhamento de apresentações, artigos, textos e sugestões de livros relacionadas com boas práticas relacionadas com Gestão de Projetos, Processo de Inovação, Registro e Compartilhamento de Conhecimentos, Excelência em Gestão de Pessoas, Capital Intelectual e Ações que busquem o Desenvolvimento Sustentável a partir do desenvolvimento de atividades éticas, de menor custo, maior retorno e melhor Qualidade.
Toda iniciativa de aprendizagem costuma exigir a existência de uma metodologia bem estruturada. A partir daí, é possível entender a eficácia, por exemplo, do mais básico processo formal de aprendizagem, a alfabetização. Ao começar uma turma de crianças, recém chegadas na escola, sabe-se claramente quais as etapas a serem cumpridas e até mesmo o tempo dispendido, de forma que, ao final da sequência de aulas ministradas, termos vários “Doutores do ABC”. Um processo produtivo muito bem azeitado.
A grade de formação estudantil costuma levar em consideração, também, a realização de aulas como maneira pela qual os temas abordados serão devidamente disseminados por pessoas que possuem domínio sobre os mesmos, os professores. O processo utilizado, para aferir se o compartilhamento desses conteúdos foi realizado, se faz por conta de ações de controle que convencionalmente são chamados de provas, avaliações e/ou testes. A lógica é simples. Acredita-se que os alunos bem avaliados nas provas, aprenderam. Sistemática similar é reproduzida em cursos de especialização, de curta e/ou longa duração, o que sugere aos estudantes, desde sempre, que “ir bem na prova” é mais importante que aprender.
Sou professor de alguns cursos, cujos temas costumam estar associados à gestão. Normalmente, após os primeiros momentos de apresentação do curso, costumo destacar que, ao final do mesmo, cada aluno irá receber uma ficha de avaliação. Nesta ele irá pontuar os pontos fortes e fracos das aulas ministradas através de notas e comentários. De forma quase similar, ressalto que eu irei adotar algum meio de avaliação que permita aferir o aprendizado obtido. Já de antemão, quero destacar o equívoco de que as avaliações sejam feitas de forma solitária por cada um dos atores, no caso, aluno e professor. Isto é, cada um tem seu momento de avaliar sem que haja discussão sobre os comentários e/ou notas atribuídos. Isto só é feito, quando o é, posteriormente, em um momento em que dificilmente haverá possibilidade de alteração. O modelo, ao menos, sugere algo muito pontual.
Entendo que todo e qualquer processo de avaliação deve ter movimento, isto é envolver todos os atores de maneira simultânea. Além disso, o que realmente deve ser avaliado não é a performance do aluno em uma prova tampouco o quanto a aula ministrada trouxe de conhecimentos relevantes, mas sim a efetividade de tudo isso no dia a dia. Enquanto aluno, o que me interessa saber é o quanto o conhecimento está tendo valia nas minhas atividades. Já sob o ponto de vista de professor, o que mais me interessa é saber o quanto o aluno está se colocando em prática, com sucesso, o conhecimento obtido. O movimento garante a aprendizagem.
Tenho acompanhado com especial atenção a inserção das metodologias ativas de aprendizagem junto a algumas instituições de ensino. Tendo como linha mestre o “aprender fazendo”, demonstra inúmeras possibilidades que potencializam maior efetividade na aplicação dos conhecimentos no dia a dia. Também fortalece o mantra que diz “a melhor forma de aprender acontece justamente quando não há esta obrigação”. Ainda assim, o desafio está apenas começando e dele depende o próprio futuro das instituições de ensino de todo país.